Com queda de quase 3 milhões, população da China encolhe pelo segundo ano seguido
A população da China caiu pelo segundo ano consecutivo, segundo dados divulgados pelo governo chinês nesta quarta-feira (17). Em 2023, o número de habitantes da China sofreu uma queda de 2,75 milhões. Atualmente, a China tem 1,4 bilhão de habitantes. Entre as razões para a redução populacional está a queda na taxa de natalidade e a onda de mortes provocadas pela Covid-19. Em relação à taxa de natalidade, o índice vem caindo há décadas devido a uma política que instituiu que casais poderiam ter apenas um filho, entre 1980 e 2015. Em 2016, a lei passou a permitir até dois filhos e, em 2021, três filhos. Mesmo assim, o número de nascimento de bebês continua em queda na China. Esse é um reflexo da forte urbanização do país, além da taxa de desemprego entre os jovens e a crise no setor imobiliário. Por outro lado, no início de 2023, a China passou por um grande aumento de casos de Covid-19, após o relaxamento de medidas rigorosas de quarentena, que duraram três anos. Com isso, o país enfrentou uma onda de mortes provocadas pela doença. Entre 2022 e 2023, a taxa de óbitos passou de 7,37 para 7,87 para cada 1.000 habitantes. Esse é o maior índice desde 1974, durante a Revolução Cultural Chinesa. Pressão Os novos dados populacionais da China fizeram aumentar as preocupações relacionadas às perspectivas de crescimento da segunda maior economia do mundo. O país vive um cenário de redução no número de trabalhadores e consumidores, enquanto os custos do governo com cuidados com idosos e aposentadorias aumentam. De acordo com estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU), a população da China deve sofrer uma redução de até 109 milhões de habitantes até 2050. No ano passado, o país foi ultrapassado pela Índia e deixou de ser o mais populoso do mundo.
Guinness suspende título de ‘cão mais velho do mundo’ para Bobi, que morreu ano passado supostamente aos 31 anos
O Guinness World Records suspendeu o título de cão mais velho do mundo para Bobi, que morreu em outubro de 2023. O livro dos recordes informou, segundo a agência de notícias norte-americana Associated Press, que estava revisando a premiação após veterinários questionarem a idade. O cachorro tinha supostamente de 31 anos, vivia numa quinta na aldeia de Conqueiros, em Portugal, com o seu dono, Leonel Costa. Ele foi anunciado como o cão vivo mais velho do mundo e o cão mais velho de todos os tempos em fevereiro — ele teria nascido em 11 de maio de 1992. “Enquanto nossa revisão está em andamento, decidimos pausar temporariamente o título de cão mais velho do mundo, até que todas as nossas descobertas estejam em vigor”, disse o Guinness World Records à Associated Press por e-mail. Bobi era um Rafeiro do Alentejo, uma raça pura, que tem uma esperança média de vida de cerca de 10 a 14 anos. As ligações para o dono do cachorro não foram atendidas e ele não respondeu às mensagens de texto. Como era a vida de Bobi? Bobi passou toda a vida na vila de Conqueiros, no interior de Portugal. Antes, dele, o título pertencia a um pastor australiano que morreu aos 29 anos e cinco meses. “Apesar de ter sobrevivido a todos os cães da sua ninhada, os seus 11.478 dias na Terra nunca seriam suficientes para aqueles que o amavam”, disse Karen Becker, veterinária que conheceu Bobi e que foi a primeira a anunciar a sua morte nas redes sociais, segundo a agência de notícias Reuters. “Boa sorte, Bobi.” O seu dono, Leonel Costa, atribuiu a longevidade de Bobi a uma série de fatores, incluindo viver em paz no campo, nunca ter sido acorrentado ou mantido na coleira e comer sempre “comida de gente”. Na época em que Bobi nasceu, a família de Costa tinha muitos animais e pouco dinheiro. Então era comum que o pai de Costa, um caçador, não ficasse com os filhotes que nasciam. Bobi, entretanto, escondeu-se entre uma pilha de lenha — e ficou. Costa e seus irmãos o encontraram alguns dias depois, ainda com os olhinhos fechados, e o mantiveram em segredo. Leonel Costa passeia com o cão Bobi em 4 de fevereiro de 2023, em Conqueiros, em Leiria, Portugal, pouco antes do 31º aniversário do cachorro — Foto: REUTERS/Catarina Demony/Foto de arquivo No início do ano, Costa disse à Reuters que ele e seus irmãos sabiam que, quando ele abrisse os olhos, os pais não resistiriam e ficariam com ele. Antes de sua morte, Bobi ainda adorava caminhadas, apesar de ter se tornado menos aventureiro com o avançar da idade. Seu pelo estava ficando ralo, sua visão piorou e ele precisava descansar mais do que antes. Em 31 de maio de 2023, quando Bobo fez 31 anos, sua festa de aniversário reuniu mais de 100 pessoas. O cardápio incluía carnes e peixes locais para os 100 convidados, e um extra para Bobi, que tinha um menu apropriado para sua dieta. Um grupo de dança também se apresentou (veja abaixo).
As impressionantes cavernas abertas por derretimento no maior iceberg do mundo, que pode desaparecer
A erosão está tendo efeitos dramáticos no maior iceberg do mundo durante estes que serão, provavelmente, os últimos meses da existência dele. Um navio operado pela empresa de expedições Eyos chegou ao gigante congelado, A23a, no domingo (14) e encontrou enormes cavernas e arcos escavados em suas paredes congeladas. Reproduzir 00:00/01:31Silenciar somMinimizar vídeoTela cheia Maior iceberg do mundo é visto à deriva no oceano Antártico O iceberg está sendo destruído pelo ar mais quente e pelas águas superficiais que encontra à medida que se afasta lentamente da Antártida. Como consequência, ele derreterá e desaparecerá. “Vimos ondas de uns bons 3 ou 4 metros de altura colidindo com o iceberg”, disse o líder da expedição, Ian Strachan, à BBC News. “Isso estava criando cascatas de gelo — um estado constante de erosão”. Foto do espaço: A23a fica a cerca de 200 km a oeste das Ilhas Órcades do Sul, nesta imagem parcialmente coberta por nuvens — Foto: COPERNICUS DATA/ESA/SENTINEL-3 O A23a se descolou da costa antártica em 1986, mas só recentemente iniciou uma grande migração. Durante mais de 30 anos, ele ficou rigidamente preso nas lamas do fundo do Mar de Weddell, como uma “ilha de gelo” estática, medindo cerca de 4.000 km² de área. Isso é o equivalente a mais de três vezes o tamanho da cidade do Rio de Janeiro. O colosso está atualmente à deriva na Corrente Circumpolar Antártica, a grande corrente de água que circunda o continente no sentido horário. Essa corrente, juntamente com os ventos de oeste, está empurrando o A23a na direção das Ilhas Órcades do Sul, que ficam a cerca de 600 km a nordeste da ponta da Península Antártica. Está seguindo firmemente na rota do que os cientistas chamam de “corredor dos icebergs” — o principal caminho de gelo do continente. A interação entre ventos, frentes oceânicas e redemoinhos determinará o curso desse gigante nas próximas semanas. Mas muitos desses icebergs de topo achatado, ou tabulares, acabam passando pelo Território Britânico Ultramarino da Geórgia do Sul. O seu provável destino é fragmentar-se e definhar até desaparecer. Seu legado é a vida oceânica que ele semeia ao liberar nutrientes minerais. Desde o plâncton até as grandes baleias — todos se beneficiam do efeito de “fertilização” do degelo dos icebergs. No domingo, a equipe Eyos chegou perto o suficiente do A23a para fazer imagens usando um drone. Os penhascos de 30 metros de altura do iceberg estavam cobertos por uma névoa densa. Icebergs nesta escala criam seu próprio clima. “Foi dramático e lindo fotografar”, disse o cinegrafista da Eyos, Richard Sidey. “É incrivelmente grande. Na verdade, não acho que possamos entender o quão grande é. Só podemos saber o quão grande é pela ciência. É certamente grande demais para ser fotografado. Ele se estende até onde a vista alcança em qualquer direção.” As observações por satélite podem monitorar a cobertura da sua área e avaliar a sua espessura, que em alguns locais ultrapassa os 300 metros. Em termos de massa, não está muito longe de um bilhão de toneladas, embora ela esteja diminuindo dia após dia. A grande questão é: quanto tempo o A23a sobreviverá, à medida que se afasta dos climas mais frios da Antártida? As temperaturas mais amenas do ar criarão lagoas na superfície que se infiltrarão no iceberg, ajudando a abrir fissuras. E essas espectaculares catacumbas e arcos superficiais entrarão em colapso, deixando extensas áreas de gelo submersas que então se erguerão para corroer as bordas do iceberg. Mas outro grande bloco de gelo à frente do A23a pelo caminho pode ser instrutivo para compreender a sua potencial longevidade. O iceberg D28, também conhecido pelo seu nome popular “Molar Berg”, está se movendo para o Atlântico Sul, cerca de 200 km a norte da Geórgia do Sul. Embora tenha perdido cerca de um terço da sua área desde o nascimento na plataforma de gelo Amery, na Antártida, em 2019, o D28 conseguiu manter a sua forma básica. Poderia o A23a, com suas próprias dimensões quadradas, ter vida igualmente longa?
Copiloto desmaia em voo e avião da rota entre Brasília e João Pessoa pousa no aeroporto de Salvador
Um avião da empresa Latam, que seguia de Brasília para João Pessoa, fez um pouso no Aeroporto de Salvador, na terça-feira (16). Segundo a empresa, o desvio de rota aconteceu após o copiloto desmaiar e precisar de atendimento médico. 📱 NOTÍCIAS: Segundo informações da Latam, o pouso do voo LA3744 foi feito em segurança e os passageiros da aeronave receberam assistência. O desvio em Salvador aconteceu às 15h08 e a chegada em João Pessoa às 16h22. A companhia aérea informou ainda que seguiu todos os protocolos previstos em casos de membros de tripulação passarem mal e reiterou que adotou todas as medidas de segurança possíveis, técnicas e operacionais, para garantir a viagem dos passageiros. A Vinci Airports, empresa que administra o aeroporto de Salvador, acrescentou que as operações no local não foram impactadas por causa da situação. LEIA TAMBÉM
Pizza com ouro custa até R$ 350 em Balneário Camboriú
Pepperoni, portuguesa, calabresa, muçarela e ouro: o que todas essas palavras têm em comum? São sabores de pizzas. Em Balneário Camboriú, em Santa Catarina, dá para comer uma pizza com folhas de ouro 24 quilates. 💰Segundo a Federação Brasileira de Mestres e Pizzaiolos se trata da pizza mais cara do Brasil, comercializada por R$ 350 em seu tamanho médio. Para quem quiser gastar um pouco menos, é possível comprar a pequena por R$ 200. 🍕Mas não é só ouro que vai na receita, ela leva outros ingredientes caros, como filé mignon e trufa negra e os tradicionais queijo parmesão ralada e com a borda de catupiry, além de um molho bechamel. As folhas de ouro podem ser encontradas entre R$ 120 e R$ 160. Mas elas não são o ingrediente mais caro da pizza, aponta a proprietária Luisa Rauber: as trufas negras custam em média R$ 150, em um pacote com apenas duas trufas, são R$ 75 por pizza. A receita foi desenvolvida pelo dono da pizzaria e marido de Luisa, Everton Correa, inspirada na carne com ouro, que viralizou nas redes sociais em dezembro de 2022, após jogadores da seleção brasileira consumi-la em um restaurante durante a Copa do Mundo do Catar. Por isso, a pizza leva o nome da “Dubai brasileira”. 📱O sabor está no cardápio desde julho do ano passado, em homenagem ao aniversário da cidade. Mas não foi por acaso que ela viralizou nas redes sociais. Luisa explica que eles adotaram como estratégia de divulgação convidar influenciadores para conhecer a pizzaria e postarem vídeos comendo a “Dubai brasileira”. Além disso, é criado um “clima” na hora de servir a pizza: os garçons – que normalmente vestem pijama para dar a sensação de estar em casa – usam uma roupa social. De fundo, é colocada a trilha da abertura da série “Game of Thrones” e a pizza chega em uma maleta espelhada por dentro e com nitrogênio líquido (veja na imagem acima). O estabelecimento ele era um sonho para o casal, que está no ramo há 5 anos e começou apenas com delivery, usando a garagem de casa em uma ocupação, relata Luisa. “A gente morava em uma região muito pobre, mal tinha água e gás. E aí as pessoas começaram a procurar a gente demais. Tivemos que mudar e abrir o espaço físico para conseguir atender”, comenta. “A gente nem podia contar para o cliente onde a gente estava, porque era um espaço de ocupação”, completa. Leia também: Pizza com ouro — Foto: Divulgação / Pizza Crush Pode comer ouro? Luisa explica que o ouro não tem sabor, que é usado mais para decoração da pizza, mas que pode ser consumido. Na época da Copa do Mundo, a nutricionista Juliana Watanabe explicou ao g1 que o ouro que costuma ser utilizado na alimentação geralmente é o de 23 ou de 24 quilates. O quilate é uma medida de pureza e o ouro 24 quilates é um ouro puro que não contém nenhum outro metal misturado. Por isso, esse ouro comestível é bem diferente daquele utilizado em joias, que na maioria das vezes são menos puras. No mesmo período, a nutricionista Lara Natacci, mestre e doutora pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), disse que justamente por causa disso a substância não é absorvida pelo corpo e, quando consumida esporadicamente e em baixa quantidade, não apresenta nenhum risco à saúde. “Esse ouro não é metabolizado pelo organismo. Nosso corpo o elimina completamente. Não o absorve”, explicou. “Mas não existe uma ingestão diária aceitável para o ouro, como existe para outros aditivos. O que se sabe através de poucos estudos é que não existe absorção no corpo, mas não dá para afirmar categoricamente que não vai ter nenhum efeito colateral”. Dados sobre os níveis mais altos de ingestão e um consumo mais frequente, porém, ainda são incertos, devido à carência de estudos. No Brasil, Anvisa disse ao g1, na época, que possui duas normas que abrangem o uso do ouro na alimentação:
Dois militares de elite dos EUA caem no mar e somem ao invadir barco que levava ogivas e mísseis para abastecer Houthis
Dois membros de uma unidade de elite do Exército dos Estados Unidos despareceram após caírem no mar durante uma operação para apreender armas do Irã que estavam sendo levadas aos Houthis. A operação ocorria perto da costa da Somália. Nesta quarta-feira (17), navios da Marinha e aeronaves ainda faziam busca pelos dois militares. Os dois militares desaparecidos são da tropa de elite conhecida como SEALs, membros da Marinha que fazem operações em pequenas equipes. A captura e morte de Osama Bin Laden, por exemplo, foram executadas por uma equipe de SEALs. Homens ao mar Os EUA identificaram um barco veleiro típico da região do Mar Vermelho, chamado de dhow, que poderia estar levando armas do Irã para os militantes houthis, do Iêmen, que estão atacando cargueiros na região. A missão dos militares de elite era abordar e tomar a embarcação. O dhow, o barco a velas, não tinha bandeira, e os componentes de mísseis provavelmente seriam transferidos para alguma outra embarcação perto da costa da Somália. Segundo a Marinha dos EUA, esse barco já foi usado antes para transportar armas do Irã. A operação das forças americanas aconteceu no Mar Arábico e contava com: De acordo um comunicado do Exército dos EUA, dois militares executaram uma manobra complexa para abordar o barco a vela. O mar estava agitado, e um soldado, ao tentar abordar a embarcação, foi atingido por uma onda e caiu na água. Um outro militar pulou para ajudar o primeiro. Os dois estão sumiram nesse momento e não foram mais encontrados. Autoridades dos EUA afirmam que as águas do Golfo de Aden são quentes e que esses militares de elite são treinados para esse tipo de situação. Na segunda-feira, os EUA usaram barcos da Marinha, helicópteros e drones para tentar achar os dois. O general Michael Erik Kurilla, um comandante do exército dos EUA, afirmou que os americanos estão fazendo buscas exaustivas para tentar encontrar os dois militares nas águas do Mar Arábico. Tripulação que levava os componentes de mísseis Catorze pessoas tripulavam o barco a vela que levava componentes de mísseis. Como elas não tinham nenhum tipo de documento, os militares dos EUA puderam fazer uma busca na embarcação. Os americanos apreenderam os seguintes materiais: Essas peças apreendidas são para mísseis de alcance médio ou mísseis para atacar navios. Também havia componentes de sistema de defesa aérea. Segundo o exército dos EUA, as primeiras análises apontam que essas são as mesmas armas que os Houthis estão usando para atacar cargueiros no Mar Vermelho. A Marinha dos EUA faz missões de interdição com alguma regularidade na região, e já interceptou armas em navios que eram levadas aos Houthis, grupo de combatentes no Iêmen que são apoiados pelo Irã. EUA e Houthis em confrontos no Mar Vermelho Reproduzir vídeo Reproduzir –:–/–:–Silenciar somMinimizar vídeoTela cheia EUA abortam ataque do grupo Houthis no Mar Vermelho Os Houthis começaram a atacar cargueiros no Mar Vermelho, uma rota comercial importane que liga a Ásia à Europa. Os militantes atingiram um cargueiro americano na segunda-feira e tentaram atingir um barco de guerra no domingo. As forças americanas responderam com ataques em território do Iêmen.
Energéticos: veja se funcionam mesmo e quais os riscos de misturar com álcool
Quase mil litros. Essa é a quantidade de energético que cada brasileiro toma por ano – considerando a população total do país. Se levarmos em conta apenas os adultos, o consumo desse tipo de bebida, que promete melhorar a concentração e o rendimento em atividades físicas, é ainda maior. E esse número só tem aumentado: em uma década, houve um crescimento de 200% na produção. Segundo os dados mais recentes, o volume nacional em 2021 chegou a 185 milhões de litros por ano. Os cálculos são da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas não Alcóolicas (ABIR). 🚨 Especialistas apontam que a alta no consumo tem relação com uma mistura perigosa: energético + álcool. 👉 Pesquisas indicam que a cafeína do energético mascara o efeito letárgico do álcool, encorajando as pessoas a beberem mais e a terem comportamentos de risco, como dirigir embriagado. (Esta reportagem faz parte de uma série do g1 sobre estimulantes, que também explica como o café age no corpo e quais os riscos dos chamados pré-treinos, usados por quem malha para ter mais energia.). ‘Notei protuberância na minha vagina’: o que é prolapso genital, que afeta até 50% das mulheres Saiba mais Em 2010, a agência regulatória norte-americana Food and Drug Administration (FDA) reconheceu o perigo de emisturar energético e álcool e proibiu a venda de drinks prontos que tivessem a mistura de álcool e cafeína. Outro ponto que acende o sinal de alerta é que os energéticos entregam a metade da recomendação diária de açúcar em uma única latinha. Além disso, em algumas marcas, a cafeína, que é o principal ativo, fica perto do limite recomendado de 400 miligramas por dia. A seguir, confira como funcionam os energéticos e quais os riscos de misturá-los com álcool. 1 – Os energéticos funcionam? Especialistas alertam para riscos de bebidas energéticas com álcool — Foto: Gadini/Pixabay Segundo especialistas, é fato que os energéticos funcionam e esse resultado se baseia em duas substâncias: o açúcar e a cafeína. ➡️ O açúcar é transformado em glicose e gera a energia. Algumas marcas têm até 27 gramas de açúcar por latinha. Isso é mais da metade do consumo diário recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de até 50 gramas. ➡️ Já a cafeína age no sistema nervoso central. Suas moléculas são parecidas com as da adenosina, um neurotransmissor que é liberado conforme gastamos energia e dá os sinais de cansaço. Então, quando a cafeína entra no corpo, ela confunde o cérebro, bloqueando a adenosina e causando o efeito de alerta. Veja abaixo um comparativo entre energético e café: Comparativo entre energético e café — Foto: Arte/g1 Algumas marcas ainda anunciam como ingrediente estimulante a taurina, que é um aminoácido que existe em grande quantidade no corpo humano, principalmente nos músculos, no cérebro e nos olhos. Apesar das altas quantidades dessa substância em várias marcas de energético, não existe consenso científico sobre sua função como estimulante.Reproduzir vídeo Reproduzir –:–/–:–Silenciar somMinimizar vídeoTela cheia Riscos dos energéticos: jovem que toma 2 latas já ultrapassa limite diário de cafeína 2 – Energético é a melhor opção para quem quer energia? Os energéticos unem a cafeína e o açúcar, entregando o estímulo que prometem. No entanto, o que os especialistas afirmam é que eles não são a melhor opção. O educador físico Bruno Gualano, que é professor do Centro de Medicina do Estilo de Vida da Faculdade de Medicina da USP, explica que, em razão do alto teor de açúcar presente no energético, uma xícara de café é mais recomendável. “O mecanismo de ação estimulante é o mesmo, que é a cafeína. Não existe evidência de que o energético seja superior ao café. E essas bebidas ainda têm uma quantidade enorme de açúcar. Então, com isso, o café é a melhor opção”, explica. O médico neurologista Marcel Simis, diretor da Associação Paulista de Neurologia, explica que, além disso, é preciso tomar cuidado com a dose. Tomar várias latas de energético pode ser prejudicial. O energético tem alta concentração de cafeína e, combinado a uma alimentação já com outros componentes que também têm cafeína, pode chegar a doses que causam vício. ❗ Nesse caso, quem toma tem o efeito oposto ao desejado de ter foco e energia. Os jovens que buscam a cafeína para melhorar desempenho precisam saber que, em excesso, ela, na verdade, piora o desempenho. As doses altas podem gerar o vício e, com ele, as crises de abstinência de café. Os sintomas são a irritabilidade e a fadiga, que é o efeito contrário que quem toma busca. — Marcel Simis, médico neurologista 3 – Energéticos têm contraindicação? A OMS estabelece como limite a dose diária de 400 mg de cafeína para adultos. ☕ Isso representa até quatro xícaras de café em cápsula ou quatro latinhas de energético, a depender da marca. 👉 No caso do café, é preciso considerar que cafés instantâneos ou solúveis têm menos cafeína do que cafés torrados e moídos. O neurologista Marcelo Simis explica que o excesso de cafeína pode trazer efeitos colaterais como: “A cafeína em uma dose acima desses limites de segurança pode trazer sintomas como aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca. Então, pessoas com problemas cardíacos, com sintomas de ansiedade e insônia precisam ter cautela porque podem ter os efeitos amplificados”, explica Simis. Além disso, a cafeína pode viciar: ➡️ Conforme a pessoa aumenta a quantidade ingerida de cafeína, o organismo começa a metabolizar mais rápido. Com isso, a quantidade de adenosina (que é o neurotransmissor que dá o sinal de cansaço) aumenta e vai ser necessário mais cafeína para suspender esse ciclo. ➡️ Com esse processo, o corpo dá respostas que podem levar a uma espécie de ritual de ingestão diária de cafeína alta, que pode se tornar viciante. E o organismo começa a dar os sinais de abstinência, caso a substância não seja ingerida. “Se a pessoa já toma café, já come outros alimentos com alguma quantidade de cafeína e inclui energético, ela precisa saber que isso pode ultrapassar o limite diário e tem consequências para a saúde”, alerta Gualano. ‘É uma bebida perigosa’, alerta cardiologista sobre energéticos; jovem teve parada cardíaca em Maceió Saiba mais 4 – A mistura de energético com álcool
Enem 2023: O que dizem os alunos que tiraram nota mil na redação
Os resultados individuais do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023 foram divulgados nesta terça-feira (16). No total, 60 candidatos conseguiram tirar nota mil na redação – quatro da rede pública, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Para conhecer os alunos que têm em comum a nota mil, o g1 ouviu relatos de candidatos de diferentes partes do país (veja mais abaixo). Em 2023, o tema da redação do Enem foi “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”. Considerada decisiva, a nota da redação tem um peso importante na pontuação final do exame e é usada como critério de desempate em diversos programas de acesso de universidades. LEIA TAMBÉM: O que disseram os alunos que tiraram nota mil Estudante de Belém obtém nota máxima na redação do Enem. — Foto: Reprodução / Arquivo Pessoal “Fiquei em choque, meu coração quase pulou“, disse estudante do Pará. O adolescente Arthur Sanches Sales, de 17 anos, é autor de uma das 60 redações nota máxima no Enem neste ano. Ele quer passar no curso de medicina na Universidade do Estado do Pará (Uepa) ou na Universidade Federal do Pará (UFPA). O sonho do curso já o acompanhava durante o ensino médio, que concluiu em 2022. Estudante nota 1000 na redação do Enem 2023 estudava 10 horas por dia — Foto: Arquivo pessoal Estudante nota 1000 na redação do Enem 2023 do Piauí estudava 10 horas por dia. A estudante Millena Martins, de 19 anos, contou que estudava 10 horas por dia durante a preparação.”A prova estava no nível padrão, já a redação achei um tema extremamente necessário, mas bem amplo, então fácil de tangenciar”, disse. Ela deseja estudar medicina. No texto, Milena disse ter citado escritores como Gilberto Dimenstein, jornalista, e Cecília Meireles. Beatriz é uma das quatro pessoas na Bahia a atingir a nota máxima na redação do Enem 2023 — Foto: Arquivo pessoal “Eu esperava 900, mas mil foi realmente uma surpresa. Fiquei muito feliz“, comemorou a estudante baiana. Beatriz Medeiros dos Santos Tudella, de 20 anos, de Salvador, foi uma das quatro pessoas na Bahia a conseguir a nota máxima na redação. Com o objetivo de cursar medicina na Universidade Federal da Bahia (Ufba), a nota máxima na redação coloca Beatriz ainda mais próxima do curso, que tem nota de corte para ampla concorrência superior a 780 pontos. Maria Laura Santin Klein, que tirou nota mil na redação do Enem — Foto: Maria Laura Santin Klein/Arquivo pessoal “2023 foi, com certeza, o ano que eu mais estudei de todos“, diz catarinense nota mil na redação. A chapecoense Maria Laura Santin Klein, de 20 anos, conta que dedicava de oito a 10 horas por dia para se preparar para as provas. Ela quer usar o resultado para cursar medicina. “Como já era meu segundo ano de cursinho, eu aprendi muito a estudar sozinha, então eu acabava ficando na salinha de estudo e estudando por lá mesmo”. Karolina Soares foi uma das únicas quatro candidatas do Ceará a tirar a nota máxima na redação do Enem 2023 — Foto: Arquivo pessoal “Nunca esperei que viria para mim“, diz aluna do Ceará nota mil na redação. Karoline Soares Teixeira, de 20 anos, foi uma das quatro candidatas do estado que tirou a nota mil na redação do Enem 2023. Ela disse que se assustou quando viu o tema da prova. “É o sonho, eu acredito, de todo estudante, de todo vestibulando que presta o Enem porque é um texto que exige muita concentração, exige que a gente lembre de muitos detalhes do que a gente estudou; lembrar até de conteúdos culturais para enriquecer nosso texto”. A sergipana Indira Morgana de Araújo Silva, de 31 anos, tirou nata mil na redação do Enem 2023. — Foto: Arquivo pessoal “Desisti do doutorado para tentar medicina”, diz sergipana que tirou nota mil na redação. A estudante Indira Morgana de Araújo Silva, de 31 anos, já cursou agronomia, faz mestrado e foi aprovada no doutorado e, agora, conta que arriscou o certo pelo duvidoso em busca da realização de um sonho antigo: a medicina. Estava com minha mãe ao lado e o olho bateu logo na nota mil. Eu nem acreditei. Suei bastante, fui logo falar para meu namorado e minha irmã. Meus pais estão muito felizes”, disse. Amanda Teixeira Zampiris, 18 anos, estudante de escola pública no ES e nota mil na redação do Enem 2023 — Foto: Divulgação “Não me privava de ter uma vida social, de viver”, diz Amanda Teixeira Zampiris, de 18 anos, do Espírito Santo. Ela é uma das quatro estudantes de escolas públicas que tiraram nota mil na redação do Enem 2023. Amanda conta que se preparou assistindo videoaulas e com uma média de quatro horas de estudos por dia. Estudante da Escola Estadual Marcondes de Souza, em Muqui, no Sul do Espírito Santo, a jovem disse que chegou a fazer um cursinho de redação, mas que acredita que o diferencial foi a dedicação em casa
Enchente em Acari invadiu casas de 20 mil pessoas, segundo associação de moradores
Cerca de 20 mil moradores de Acari, na Zona Norte do Rio de Janeiro, perderam móveis, eletrodomésticos e documentos durante a enchente provocada pelas chuvas do final de semana, segundo a associação de moradores do bairro. Em todo o estado, 13 pessoas morreram por conta das chuvas. As enchentes não são novidades para quem mora na região cercada pelo Rio Acari. O bairro sofre com grandes alagamentos há anos. A falta de dragagem do rio é alvo de críticas de moradores e especialistas. “A água veio, eu tentei salvar junto com o meu filho de 20 anos. A gente tentou porque eu não tenho muitos móveis. Eu moro em uma Quitinete, pago aluguel. (…) Já é a terceira vez”, contou a dona de Michele Mendes. Rio Acari coberto de lixo — Foto: Reprodução/ TV Globo Quem mora em Acari já perdeu as contas de quantas vezes viu o rio transbordar e invadir casas. Eles também já não sabem dizer quantas promessas foram feitas para resolver o problema. “Eles prometeram fazer a obra do rio, vieram e não concluíram. Vejam aqui, venham ver. Não adianta prometer e não fazer. Até chegar a próxima chuva e perder tudo de novo”, reclamou Milene Andressa, coordenadora da Associação de Moradores de Acari. Rio Acari assoreado A bacia do Rio Acari tem 21 quilômetros, nasce na Serra de Gericinó, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Antes de chegar na capital do estado, o rio também corta o município de São João de Meriti, na mesma Baixada Fluminense. Contudo, as grandes obras prometidas pelos governates nunca chegaram para amenizar os problemas dos moradores de Acari. As intervenções no rio só foram feitas até Fazenda Botafogo, outro bairro da Zona Norte, onde o rio é mais largo. Rio Acari — Foto: Reprodução/TV Globo Já em Acari, o mesmo rio parece outro, bem mais estreito e com construções na margem, além de muita sujeira. Entre os objetos jogados no leito do rio, a equipe da TV Globo encontrou até um capô de um carro submerso. O projeto da Prefeitura do Rio para o Rio Acari previa construir bolsões para escoar a água e evitar que o rio transborde. Porém, a ideia nunca saiu do papel. A Fundação Rio-Águas fez apenas um serviço de limpeza e desassoreamento no local. A conclusão dessa etapa do projeto foi anunciada pela prefeitura em julho do ano passado. O município informou que retirou do rio mais de 191 mil toneladas de materiais, apenas entre a Avenida Pastor Martin Luther King e a estrada João Paulo. Inundações frequentes Especialistas apontam ainda outras causas para as inundações. O professor Gandhi Giordano, especialista em água e afluentes da UERJ, apontou que até a construção de uma ponte no local prejudica a vazão do rio. “A ponte sobre o rio, ela estreita o rio. Eles, para economizar nas pontes, eles aterram ou usam as laterais e as margens do Rio para fazer a cabeceira da ponte. Com isso, eles reduzem a largura da ponte, a aérea da ponte. E com isso reduzem o custo, mas estreita o rio. A gente pode ver isso aos montes no Rio de Janeiro. E quando você estreita um rio, você favorece a inundação”, explicou Gandhi. Ocupações irregulares nas margens do Rio Acari — Foto: Reprodução TV Globo O arquiteto e urbanista Washington Farjado acredita que o mais importante é conter a urbanização informal perto das margens dos rios. “É necessário reassentar as famílias que moram junto aos rios. Essa deveria ser a prioridade zero do Minha Casa, Minha Vida: tirar as famílias do risco”, disse Farjado. “O segundo ponto é que é necessário ter uma política pública contínua de dragagem dessas bacias. Na medida em que se assoreiam e que se assoreia também a Baía de Guanabara, então esses fluxos e a capacidade de dar vazão para grandes chuvas fica prejudicado. Então esse trabalho de dragagem, de monitoramento desses rios é fundamental”, completou. Crise em outros rios Ocupação irregular das margens de rios, poluição crescente, falta de coleta adequada de lixo, assoreamento, variação da maré, efeitos de mudanças climáticas e falha na prevenção e nas políticas públicas. São muitos os fatores que, combinados, fazem rios da Região Metropolitana transbordarem e causam tragédias como a do último fim de semana. Desde o temporal de sábado (13) e madrugada de domingo (14), cinco rios transbordaram e provocarem grandes áreas de alagamento. Em 24 horas, ao menos 12 pessoas morreram de afogamento, descarga elétrica e soterramento (saiba quem são as vítimas). Algumas estavam dentro da própria casa. Leia também: Ao todo, no domingo (14), seis cidades foram muito afetadas por conta do transbordamento dos rios Botas, Capivari, Macacos, Alcântara e Engenhoca: Paracambi, Nova Iguaçu, Duque de Caxias e Belford Roxo, na Baixada Fluminense; São Gonçalo e Niterói, na Região Metropolitana. Estima-se que o número de desalojados e desabrigados chegue a 600 em todos os municípios — só em Nova Iguaçu, seriam 300 pessoas. Cinco rios transbordaram durante o temporal no RJ — Foto: Arte g1 Problemas frequentes Segundo o presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES-RJ), Renato Lima do Espírito Santo, as regiões mais afetadas possuem várias características em comuns: “Todos esses são rios que passam por áreas densamente habitadas, uns mais outros menos, onde a coleta do lixo nem sempre é feita nos períodos adequados para que os volumes de material utilizado pelos moradores, seja recolhido e depositado em locais adequados”, disse. “Os municípios não têm uma política de resíduos sólidos que oriente quanto a prevenção e operacionalização de processos que minimizem seus efeitos”, acrescentou Renato. Para ele, a falta de educação ambiental é outro fator. “Vemos muito lixo jogado nas ruas, que com chuvas mínimas escoam diretamente para os corpos hídricos próximos. Tudo isso, sem falarmos na ocupação desordenada das margens dos rios das regiões mais baixas, com as prefeituras fazendo vista grossa a esse fato”, argumentou.Reproduzir vídeo Reproduzir –:–/–:–Silenciar somMinimizar vídeoTela cheia Rios da Baixada Fluminense alagaram durante temporal; entenda O especialista aponta ser fundamental também que os gestores passem a trabalhar em conjunto, unindo esforços e recursos para uma ação coletiva e eficiente na prevenção das enchentes. “Não há um planejamento integrado entre União, estados e municípios, nas áreas de drenagem